Após o translado
Feira de Santana – Salvador, ao adentrarmos o pórtico da Universidade do Estado
da Bahia (UNEB), demos início à nossa participação nas atividades do II Fórum
de Educação Musical da Bahia, com a expectativa de abstrair o máximo de
conhecimentos aplicados à epistemologia da educação musical em diferentes
contextos de ensino de música. Ao traçar novos horizontes para a educação
musical no estado da Bahia, apresentamos nossas expectativas de trabalho e
compartilhamos das vivências em educação musical nas diversas instituições de
ensino superior e educação básica do estado, além de outros, como Sergipe e Rio
Grande do Norte, ao contemplar distintos universos musicais no tocante ao
ensino de música no país.
Após a
solenidade de abertura, que ocorreu no dia 16 de outubro de 2013, presidida
pelas professoras Katharina Doring (UNEB) e Edineiram Marinho (UNEB), que
versaram sobre os rumos educacionais no estado da Bahia, participamos da
apresentação musical do Grupo de Sopro Jovem – CFA / FUNCEB e do Quinteto de
Trombone e Big Bang, uma apresentação articulada entre os grupos, que envolveu
os jovens destes projetos sociais em zonas periféricas de Salvador, em situação
de vulnerabilidade social. Dando continuidade às atividades do Fórum, participamos
da Conferência de abertura com o tema: “Música e Cultura: a cena musical e a
transmissão em New Orleans – pós Katrina”, com o palestrante de descendência Árabe,
mas alocado nos Estados Unidos, Matt Sakakeeny, este estuda os processos
etnomusicológicos evidentes na recuperação dos habitantes do estado de New
Orleans (EUA) pós-furacão Katrina, bem como os processos de transmissão musical
formal e informal neste estado dos Estados Unidos, particularmente a pesquisa
canaliza os processos de transmissão em bandas de metais e a influência das
bandas marciais na educação musical do país.
Logo mais à
tarde, aconteceram as comunicações de trabalhos realizados no âmbito da
educação musical do estado da Bahia e outros estados participantes, submetidos
e aprovados para apresentação no evento, notou-se nestas apresentações a
influência dos subprojetos do PIBID nos processos de educação musical no país,
nesta sessão a totalidade dos trabalhos foi de vivências musicais fomentadas
nos subprojetos do PIBID versando sobre temas distintos como: currículo em
música, formação do educador musical, processos de ensino-aprendizagem de
música, fundamentos metodológicos para a educação musical e processos
etnomusicológicos em grupos folclóricos. Terminada a sessão de comunicações da
tarde da quarta-feira, nos dirigimos à apresentação musical do Coral Cantares –
Proex – UNEB, grupo formado por crianças do bairro do Cabula, Mata escura, Engomadeira
entre outros periféricos do município de Salvador, este coral é uma iniciativa
da Uneb em parceria com o regente David Tourinho. Enfim, o primeiro dia findou
com a mesa redonda que tratou do tema, “Música e cultura na Bahia e a educação
musical – desencontros e desafios”, que tratou dos diversos processos de
educação musical promovidos no estado, esta mesa contou com a participação dos
professores Ari Lima (UNEB), Katharina Doring (UNEB) e Ângela Lühning (UFBA).
No segundo dia,
quinta-feira, 17 de outubro de 2013, deram-se início aos grupos de trabalho e
encontros temáticos no qual participei do tema referente ao ensino de música na
educação básica, particularmente no ensino fundamental II, ensino médio e
educação de jovens e adultos, nestes encontros traçamos o perfil da educação
musical nos universos escolares supracitados, bem como as perspectivas de modificação
da realidade caótica que vive a educação no país, a partir da reflexão destes
grupos foi redigido um documento com as insurreições dos diversos grupos de
trabalho e as propostas para uma educação (entre outras a musical), de melhor
qualidade. Estes trabalhos foram importantíssimos, a fim de traçar os rumos da
educação musical no estado da Bahia. Logo após participamos da apresentação do
grupo percussivo Quabales, que é também o nome de um instrumento inventado
pelos fundadores do grupo, estes são oriundos de Nordeste de Amaralina em
Salvador, o grupo trouxe inovações tecnológicas apreendidas a partir da
parceria com o grupo percussivo Stomp de origem Norte Americana, além de
apresentar em um documentário a proposta de trabalho do grupo, uma textura
musical original. Continuando as atividades participamos da segunda mesa com o
tema: “Políticas públicas para a implementação do ensino de música na Bahia”,
sob coordenação da professora Edineiram Marinho (UNEB), com representantes do
estado da Bahia e município de Salvador: SEDEC, FORPROF, CEE, UNDIME,
infelizmente a autoridade competente a que concerne à educação do estado não se
fez presente, apresentou desculpas medíocres como de costume.
A tarde
aconteceu mais uma sessão de comunicações, nesta na condição de participante
com trabalho aprovado para publicação nos anais do evento, apresentamos o
artigo “Música no cinema: a integração das artes como recurso pedagógico para o
ensino de música”, que versa sobre os processos de ensino-aprendizagem de
música a partir do contexto fílmico, relatando a integração das artes como
ferramenta inovadora nos processos de educação musical, também ocorreu participações
significativas de relatos de educação musical em empresas privadas,
organizações não governamentais, além de relatos de trabalhos que sagraram êxito
na educação básica. Finalizada as comunicações partirmos para a apresentação do
grupo percussivo Pracatum que aliou o som de instrumentos percussivos à
instrumentos elétricos de cordas e metais, este projeto considera a formação
musical e sociocultural do indivíduo, nos processos de educação musical, assim
como os outros trabalhos citados neste relato. Logo após, mais uma mesa, a
terceira, com o tema: “Educação Musical em projetos socioculturais e de
formação musical com a participação do professor Celso Benedito (UFBA), Vera
Santana (Conexão F. Camarão – RN), Gerson Silva (Pracatum / Olodum) e Eduardo
Fagundes (FUNCEB). Enfim para concretizar as atividades do segundo dia do Fórum
ouve o lançamento do livro: “Um por todos ou todos por um? Processos
avaliativos em música”, de autoria das professoras Simone Braga (UEFS) e
Cristina Tourinho (UFBA).
No dia 18 de
outubro, terceiro dia de atividades ocorreu na parte da manhã a segunda etapa
dos grupos de trabalho e encontros temáticos, iniciados no dia anterior, logo
após aconteceu a apresentação musical da Opereta do Boi Bumba – SME, uma
apresentação musical de cunho popular, idealizada pelos alunos do PIBID de
Música da UFBA, dando continuidade as atividades ocorreu a segunda conferência
do evento com o tema: “Música e cultura: educação musical em Moçambique e no
contexto africano” com os palestrantes moçambicanos João Cabral e Timóteo
Cuche, ambos da Universidade Eduardo Mondlane – Maputo – Moçambique, que
compartilharam sobre os processos educacionais e de educação musical no
continente africano. Por fim na tarde do terceiro dia, 18 de outubro e na manhã
do quarto 19 de outubro foram ministradas diversas oficinas de cunho
prático-pedagógico inerentes ao ensino de música, na qual participamos da
Oficina de formação de corais em escolas, ministrada pelo professor Marcos
Ferreira, escolhemos esta oficina por comungar com as atividades realizadas no
nosso subgrupo do PIBID atualmente, nesta propostas foram abordados durante
estes dois dias aspectos da dinâmica de ensaio, marketing para criação e
manutenção do coral, classificação vocal e repertório entre outros assuntos.
Voltamos para casa na tarde do sábado com a confiança de que aprendemos um
pouco mais sobre o que é ser professor de música e com a certeza de que este
encontro contribuiu significativamente no processo de formação docente, ao
apresentar novos horizontes, possibilidades, perspectivas e oportunidade no
ensino de música.
Lucas Barbosa
Bolsista ID - PIBID
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