AULAS
DE MÚSICA PARA ALUNOS SURDOS E OUVINTES
EDER
RIOS
LUCAS
BARBOSA
As
atividades elaboradas para serem aplicadas no Colégio Joselito Amorim mostram a
diversidade de possibilidades de exploração dos elmentos musicais, uma vez que
o tema de trabalho “30 anos do Axé”, por sua construção, evolução histórica e
cultural significativa nos fornece uma variedade de conteúdos. Depois de termos
trabalhado fatos históricos, repertório que mais fez sucesso nos últimos 30
anos, compositores e artistas, composição musical, decidimos trabalhar o
aspecto rítmico do Axé. Esta última proposta, justifica-se não só pela
característica peculiar que é marcante na música baiana, o “ritmo”, mas pela
inclusão dos surdos na aula de música, tornando sua participação mais ativa. Foram
desenvolvidas atividades de imitação e criação rítmica, exploração dos sons percussivos
utilizando o corpo, jogos com copos e grafia musical não convencional. Nestas
atividades percebe-se a atuação mais ativa dos estudantes surdos e a interação com
os outros estudantes. Nas atividades com copos, por exemplo, os surdos tem se
destacado pela atenção dispensada para a execução do ritmo e pela precisão com
que realizam os mesmos, ao contrario de muitos dos alunos ouvintes, que ficam dispersos
e não conseguem se concentrar para executar o ritmo. Para as atividades de
grafia musical rítmica não convencional, utilizamos papéis coloridos de
tamanhos diferentes para identificar a duração proporcional dos sons. As
figuras gráficas mais utilizadas foram as de cor “azul” e “amarela”, utilizadas
para representar a duração da “semínima” e “colcheia”. Após a explanação de
cada figura gráfica, executávamos os ritmos com palmas. Cada estudante era
convidado para criar um ritmo, modificando a disposição dos papéis colados no
quadro. Os passos seguintes se deram pela explanação, de fato, sobre as figuras
convencionais, “semibreve”, “mínima”, “semínima”, e “colcheia”. O uso de
elementos visuais nas aulas de música na escola tem corroborado no processo de
inclusão dos estudantes surdos nas aulas de música, ao permitir que os mesmos
possam ter a garantia do acesso a elementos da linguagem musical,
desmitificando a falácia de que música não é para surdo.
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