O som da palavra e o universo de Vinícius de Moraes
Bolsistas: Adailton Neres, Daniel Bento, Joedson Cezar, Lucas Samuel, Lucas Barbosa, Raísa Cruz /Professora Supervisora: Thiara Cruz/ Coordenadora de Área: Simone Braga
I.
Problematização:
É imprescindível que se tenha em
mente as possibilidades de exploração da
diversidade musical brasileira com os alunos
de 6º ao 9º anos do ensino fundamental, todavia, é visível que a cultura
musical hoje, no contexto em que estão inseridos, resume-se aquilo que é
transmitido pela cultura midiática: TV, rádio e demais meios de comunicação.
Com esse contexto tão restrito, este projeto tem como um de seus propósitos
trazer ao contexto dos educandos uma realidade musical diferente daquela já
conhecida por eles e em contrapartida enaltecer a obra de um dos maiores
artistas do nosso país: Vinícius de Moraes.
Nessa perspectiva, em razão de pesquisa prévia realizada com o
público-alvo do projeto (alunos de 6º, 7º, 8º e 9º anos), percebe-se que há uma grande
necessidade em conhecer os meandros da diversidade musical brasileira e devido
ao centenário de Vinícius de Moraes, ao envolver os
componentes curriculares Arte (música) e Língua Portuguesa, trazer à
tona o contexto histórico e musical em que este esteve inserido, bem como
trabalhar a diversidade da sua obra, com destaque para os poemas e em especial,
as músicas. Devido ao conhecimento restrito dessa diversidade musical
brasileira, é que se achou necessária a elaboração de um projeto que viesse
contemplar essa rica fase da produção artística do nosso país.
II. Justificativa:
A escolha de Vinícius de Moraes como tema do projeto foi motivada por várias razões: 1) promoção de articulação das aulas de
música com o projeto pedagógico anual a ser desenvolvido na escola em
comemoração ao seu centenário; 2) pela
sua importância na música brasileira, tanto por ser um dos fundadores da bossa
nova, como por suas contribuições para o sucesso desse estilo musical; 3) pela riqueza presente em sua obra: linha melódica,
letras que compunha, e pela amplitude de formas de expressão que se estende pela
música, cinema, teatro e literatura, oferecendo assim muitas opções de
conteúdos interessantes a serem trabalhados em
música; 4) suas letras podem ser objeto de análise e apreciação, e por meio
delas podem basear-se atividades musicais como a prática do canto coletivo,
coral performático, articulado a outras linguagens artísticas a exemplo das
artes plásticas, dança, cinema, dentre outras; 5) em comemoração ao seu
centenário.
Sobre a obra musical de Vinícius, deve-se
reconhecer a importância do uso da música presente no cotidiano dos estudantes,
mas é interessante também que o ensino não fique preso somente à música
midiática e forneça outras opções. Sendo assim, partindo da música de Vinícius,
pode ser proporcionada a ampliação do repertório dos estudantes por meio do
conhecimento de sua obra que fez parte de uma
época não muito distante e contribuiu para o desenvolvimento da música
brasileira.
O ano do centenário de Vinícius torna o desenvolvimento do projeto ainda
mais interessante para o desenvolvimento de um trabalho mais detalhado ao
mostrar a importância da sua obra e do gênero musical bossa nova. Vale ressaltar que a temática será abordada em uma
perspectiva interdisciplinar ao integrar os conteúdos a serem desenvolvidos nos
componentes curriculares Artes e Língua Portuguesa.
III. Fundamentação teórica
A música na escola não deve ser utilizada
apenas como mecanismo de controle ou em como recurso para o desenvolvimento de
outras áreas de conhecimento,“o foco educacional tem acima de tudo, de estar
nos verdadeiros processos do fazer musical” (Swanwick, 2003, p.?). Deve-se
reconhecê-la como componente curricular portador de conteúdos intrínsecos, como
área do conhecimento e de importante relevância na vida dos estudantes, ao
contribuir na formação integral do sujeito orientando-o na capacidade de
expressar-se criticamente, ao evitar o utilitarismo imposto pela indústria
cultural.
Aulas de música devem ser prazerosas aos
estudantes, não porque servem como válvula de escape de outros componentes que
os deixam em um limbo de cognições compulsórias, todavia, devem dar prazer por
si mesmo, pela descoberta de um novo som ou mesmo pela conquista da execução de
uma nota musical, proporcionando uma linguagem que formula significação pelo
som.
Enfim música como diversão e prazer;
música e educação para o lazer; música e transferência do saber; música e
integração; música como agente socializante; música como herança cultural;
música como auto-expressão ou expressão das emoções; música como linguagem;
música como conhecimento; música como educação estética (Gifford,1988, p. x)
A diversão e o prazer são algumas das diversas
funções da música na escola, mas não as únicas, há um infinidade de
possibilidades pedagógicas que o ensino de música pode proporcionar ao indivíduo.
Nós, enquanto futuros professores de música, devemos nos apropriar das suas
funções na sociedade, e entender a importância do ensino musical na educação
básica, para enfim, demonstrar o devido valor do trabalho do educador musical,
tal como exercê-lo com excelência.
Ao buscar uma função para a música na escola,
vale a pena refletir sobre o papel da musicalização dentro dessas instituições,
sobre a maneira como introduzimos a aula de música para estudantes que
possivelmente nunca tiveram contato anterior com esta prática, ao ressaltar,
pois, a necessidade de dar sentido para a música, estabelecendo um paralelo
entre o universo musical conhecido pelo aluno e o universo musical que é
apresentado a ele.
Ensinar música é mais que uma função meramente
técnica que implica o ensino de combinações harmônicas ou melódicas produzidas
por vozes ou instrumentos, sugere ao profissional amor pelo que faz, não apenas
cumprir com suas obrigações profissionais, mas envolver-se afetivamente com
seus alunos, de forma a leva-los através da mágica que a música proporciona, a
lugares que não poderiam ir, mas que a música pode conduzi-los,
impulsionando-os a experimentar sentimentos nunca antes vivenciados,
estimulando sua criatividade e capacidade de sonhar e de superar obstáculos,
escrevendo a trilha sonora das suas e das nossas vidas.
O PCN de Artes do terceiro e quarto ciclo do
ensino fundamental, em sua sessão Música, sugere de forma universal como tratar
dos novos paradigmas perceptivos que acarretam a vivência do jovem da nossa
era, os quais possuem hábitos musicais que demonstram pouca preocupação com a
“qualidade” sonora incitada aos ouvidos. Neste sentido, o som em volumes
ensurdecedores se tornou companheiro fiel do aluno do ensino básico,
constantemente um repertório similar ao imposto pela música de massa, o desafio
do educador musical é formar a consciência crítico-musical do aluno nesta fase
do seu desenvolvimento cognitivo.
O PCN supracitado sugere que a educação musical do jovem do ensino
fundamental II deve contemplar aspectos que considere o mundo contemporâneo em
suas características e possibilidades culturais, ao observar de forma
significativa os conhecimentos e as experiências que o aluno traz do seu meio
sociocultural. É discurso manifesto do jovem o gosto pela música, que diz não
ser capaz de fazê-la por não ter tido instrução para tal, neste aspecto o PCN
de música tem como objetivos gerais abrir espaço para que os alunos possam se
expressar e se comunicar através da música, bem como promover experiências de
apreciação e abordagem em seus vários contextos culturais e históricos.
Pensando na música popular, e em como ela
está disseminada no país, passando inclusive a ser vista por outras nações como
parte da identidade de uma sociedade, independente de qual estilo musical
estejamos falando (Sertanejo, Funk, Pagode, Samba) ele é digno de uma atenção
por parte dos educadores tanto das instituições de ensino Básico quanto das
Instituições de Ensino Superior (IES).
Esse processo, que envolve massificação, integra
o contexto sociocultural em que vivemos, e não cabe negá-lo ou procurar
excluí-lo; o fato é que a música da mídia está presente no cotidiano de
praticamente todos os cidadãos brasileiros […]. (PENNA 2005 P.12)
É importante para um educador musical conhecer e fazer-se conhecer as
diversas maneiras de expressão musical, “[ideia de link com as teorias da
linguagem] nesta perspectiva o trabalho com a obra do Poeta Vinicius de Moraes
trará aos estudantes um novo horizonte de expectativas do ponto de vista da
formação do aluno, onde a partir do seu conhecimento prévio e com auxilio da
arte poética a música se fará presente estabelecendo significados na sua
vivencia musical.
A música é estimulada pela sensibilidade e pela experiência, contudo, a
prosódia poética aliada ao fazer musical sistemático aplicado, fomentado na
escola, proporcionará uma teia de significados para o aluno da educação básica,
utilizando-se da linguagem do discurso musical do poeta para estabelecer o
vinculo do aluno com a música através da poesia. Na articulação entre a música e a poesia, a integração das artes tem se
mostrado uma ferramenta favorável no processo de coesão entre membros de um
grupo musical escolar, tais como coros, por exemplo, ao proporcionar-lhes
através desta metodologia, artifícios de aprendizagem que facilitem a
interpretação, a criação e a técnica, atributos necessários à educação musical
que de forma divertida podem ser aplicados em sala de aula com o auxílio de
outras linguagens artísticas como o teatro e a dança. Desta forma, é
importante ressaltar também a importância que a poesia ocupa no ensino, uma vez
que “A poesia é uma das formas mais
radicais que a educação pode oferecer de exercício de liberdade através da
leitura, de oportunidade de crescimento e problematização das relações entre
pares e de compreensão do contexto onde interagem” (FILIPOUSKI,
1976, p. 65).
A poesia é então, em qualquer época, um mecanismo de organização da
linguagem, de verbalização da vida e como tal não deve ser negado o seu conhecimento
aos alunos. Da interação entre palavra, som, ideia e imagem, de um lado, e a
natureza, o homem e a sociedade, de outro, resulta o poema. Para tanto, o poeta
dispõe sua vida a serviço de uma luta que defronta a criação de sua linguagem
poética com o universo das coisas a serem nomeadas. Esse contato ativo do
artista com seus objetos origina uma experiência libertadora, que não apenas o
satisfaz existencialmente, mas também aproxima-o dos homens de seu tempo, na
realização de uma fidedignidade social.
A poesia e a música de Vinícius trazem a aurora de uma época muito rica
da vida artística brasileira, sua obra reflete a época em que foi produzida e
traz à tona aspectos da vida histórica, artística e cultural do momento, um
universo que pode ser cotejado com o período em que vivemos e sua produção
artística. O poeta recorre à linguagem com o principal objetivo de doar, ou
expor, ao leitor um universo de reconstituição pelas palavras, sendo que sua
forma artística tenha o poder de ensinar, comover e deleitar, além de
desempenhar um papel crítico da sociedade em que está inserida.
O poema, sem deixar de ser palavra e
história, transcende a história. Sob condição de examinar com mais atenção em
que consiste esse ultrapassar a história, podemos concluir que a pluralidade de
poemas não nega, antes afirma, a unidade da poesia (....) Há uma característica
comum a todos os poemas, sem a qual nunca seriam poesia: a participação. Cada
vez que o leitor revive realmente o poema, atinge um estado que podemos, na
verdade, chamar de poético. A experiência pode adotar esta ou aquela forma, mas
é sempre um ir além de si, um romper os muros temporais, para ser outro (PAZ,
1982, p.34)
Assim
é que ao aluno é imprescindível ter esse contato com as variadas artes, uma vez
que uma das funções da arte, segundo Fischer (1967, p. 42), é possibilitar ao
homem ser outro sem deixar de ser ele mesmo: “Evidentemente que o homem quer
ser mais do que apenas ele próprio. Quer realizar-se como homem total. Não lhe
satisfaz ser um indivíduo isolado (...) o homem deseja absorver urgentemente o
mundo que o rodeia” e é nesse contexto que surge a arte para possibilitar-lhe
ir além. O poema e a música exercem, sem dúvidas, um papel fundamental nesse
processo, sendo um meio indispensável para essa união do indivíduo com o todo.
Contudo, é pertinente planejar atividades as quais possam proporcionar esta
união, tendo a música como principal fio condutor. Neste sentido, as atividades
a serem contempladas neste projeto perpassam pela prática vocal e prática
instrumental, através da execução vocal, da flauta doce e de instrumentos
construídos com materiais recicláveis, detalhados posteriormente.
IV. Objetivos:
Geral:
- Ampliar o
conhecimento musical de alunos do ensino fundamental, utilizando-se da poesia e
música de Vinícius de Moraes, e de outras possibilidades artísticas para
promover maior integração dos alunos com o conteúdo proposto.
Específicos:
- Incluir alunos
portadores de deficiências nesse projeto, mesmo que de maneira ainda
experimental;
- Proporcionar aos alunos um maior conhecimento da cultura
brasileira de regiões diversas, por meio de comparações entre a cultura passada
e o contexto atual vivido por estes;
- Apresentar ao
corpo docente a oportunidade de conhecer de forma diferente a grandiosa obra do
mestre Vinícius de Moraes;
- Sensibilizar
os alunos através da apreciação e prática artística por meio da música e
poesia;
- Discutir e refletir sobre as
preferências musicais e influências do contexto sociocultural do aluno,
conhecendo usos e funções da música ao introduzir conceitos sobre Ritmo e o
treino da percepção Rítmica;
- Desenvolver habilidades musicais nos
alunos, inserindo-os no contexto musical do canto coral, contribuindo para um
bom desempenho teórico, prático e humanístico através da prática vocal;
- Discutir o conceito de música, harmonia,
melodia e ritmo, bem como sobre os gêneros musicais brasileiros, com ênfase em
músicas relacionadas à mulher, estabelecendo participação dos estudantes na
execução de músicas;
- Apresentar uma contextualização histórica e social
do movimento da Bossa Nova;
- Desenvolver o
senso musical nos processos de criação, execução e apreciação no tocante ao
conteúdo parâmetros sonoros;
- Interpretar e
apreciar músicas que fazem parte do conhecimento musical produzido pela
humanidade estabelecendo
interrelações com as outras modalidades artísticas e as demais áreas do
conhecimento;
- Alcançar
progressivo desenvolvimento musical, rítmico, melódico, harmônico, tímbrico,
nos processos de improvisar, compor, interpretar e apreciar, ao estabelecer
inter-relações com as outras modalidades artísticas e as demais áreas do
conhecimento;
- Desenvolver
diálogo entre a Educação Musical com outras áreas de conhecimento presentes na
escola.
V. Atividades
desenvolvidas
Atividades
curriculares
O projeto será desenvolvido a partir da realização de atividades em cada
turma, objetivando alargar os conhecimentos musicais dos alunos, bem como a
produção de uma apresentação visando a culminância deste. As atividades perpassam
pela prática vocal e prática instrumental, através da execução vocal, da flauta
doce e da construção de instrumentos alternativos, detalhadas a seguir.
1.
Atividades vocais - A criação de coros cênicos pode ser uma alternativa para atrair os
olhares dos estudantes para o ensino de música, reconhecendo-o como algo
significativo à sua vivência musical, além de proporcionar e harmonizar
expressivamente as interpretações musicais dos estudantes, envolvendo-os no
trabalho coletivo, a fim de alcançar o êxito individual na educação musical de
cada sujeito. Alguns dos fundamentos técnicos que a dialética entre outras
áreas do conhecimento, sobretudo as linguagens artísticas pode despertar é o
desenvolvimento da expressão corporal, a espontaneidade de movimentos, a postura
e posicionamento em cena, a interpretação da letra das músicas, a integração
dos envolvidos, o gestual e a expressão facial, todos estes aspectos podem ser
trabalhados de acordo com o estilo e época do repertório com o auxilio das
linguagens artísticas, onde tão somente trabalhados musicalmente, estes
atributos, correm o risco de se tornarem enfadonhos (bolsistas executantes da
atividade: Lucas Barbosa e Raisa Cerqueira);
2.
Atividades instrumentais com a flauta doce - várias
possibilidades de conteúdos e metodologias a serem adotados no ensino de música
escolar são sugeridas de acordo com o objetivo a ser alcançado. Se, por
exemplo, o foco estiver no desenvolvimento musical e social dos alunos, o
ensino instrumental coletivo torna-se uma proposta interessante. Um instrumento interessante a ser utilizado coletivamente
em sala de aula, por ser de preço acessível, de técnica relativamente fácil e
por ser popularmente conhecido é a flauta doce. Por ser um instrumento
melódico, a flauta pode ajudar a desenvolver simultaneamente uma série de
fatores importantes, indo mais além dos aspectos musicais, e desenvolvendo o
físico, o racional e o emocional dos alunos. A execução pode ser o ponto
de partida para o estudo da obra de Vinícius de Moraes e utilizada em parceria
com outros componentes, ao reforçar a interdisciplinaridade entre as linguagens
artísticas (bolsistas executantes da
atividade: Lucas Samuel e Joedson);
3.
Construção de instrumentos musicais alternativos – os
estudantes serão encorajados a construir instrumentos musicais com materiais
alternativos. O processo de construção dos mesmos possibilitará vivências
musicais aos quais serão abordados conteúdos musicais (bolsistas executantes da atividade: Danniel e Adailton).
As atividades serão desenvolvidas tanto na sala de aula, em caráter
curricular e em caráter extracurricular, por meio da realização de
apresentações musicais, em caráter didático, e de oficinas. A Oficina de
Sonoplastia e Trilha Sonora – será realizada com as turmas da 7ª e 8ª séries
(planos em anexo). Dentre seus objetivos visa viabilizar o conhecimento de
noções básicas destes conteúdos, o estímulo à percepção sonora (desde ruídos do
dia-a-dia até faixas musicais), a aproximação de conteúdos musicais com
vivência dos mesmos e a integração e participação dos alunos nas atividades,
além de introduzir outros alunos da escola (que não foram contemplados com as
aulas de música das intervenções) no universo musical, expandindo as atividades
do PIBID à comunidade escolar.
VI. Culminância:
A culminância das
atividades desenvolvidas em aula será realizada na Biblioteca da escola com a
participação da comunidade escolar, realizada em duas sessões para contemplar
várias turmas. Será dividida em três momentos: apresentação do coral
performático da 7ª série A, fazendo paralelo da mulher da época de Vinícius e a
mulher atual; a encenação de uma história criada pelos estudantes e performance de surdos a partir da música
Pela luz dos olhos teus; a sonoplastia, o vocal, a encenação e a dança baseada
na música Eu sei que vou te amar, com a 8ª série.
VII. Recursos:
Caixa de som;
Microfones;
Instrumentos musicais;
Lousa digital;
Vídeos;
Cópias de músicas.
VII. Resultados
esperados
Espera-se que a
integração das linguagens artísticas envolvidas possa funcionar perfeitamente
não obstante ao ensino de música se aplicado corretamente, a fim de preparar a
mente e o corpo do indivíduo para perceber a música que está ao seu redor
utilizando-se de todo o seu aparato sensório motor e de todos os sentidos para
canalizar o ensino de música, não apenas os ouvidos, de forma a sentir as
vibrações sonoras com o máximo de prazer que possamos proporcionar ao nosso
espírito, entendendo as diferenças de cada estudante e permitindo que a seu
tempo cada aluno possa florescer musicalmente.
Por fim, vale salientar que é importante
para os educadores musicais buscarem maneiras alternativas de se aplicar a
música nas escolas. O coral performático tem se mostrado eficiente em promover
o convívio e o fazer musical aos estudantes além de ter um potencial atrativo
para o individuo que admire tanto a música quanto qualquer outra linguagem
artística.
VIII.
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